segunda-feira, 25 de junho de 2012

No meio do caminho tinha o amor

Estava outro dia numa livraria olhando despreocupadamente os livros no balcão, quando li um titulo bizarrissimo: 'O amor é a melhor estratégia'. ESTRATÉGIA?

'Eu cá com meus botões, sempre pensei que o amor fosse o melhor objetivo! Como assim?
Estratégia é um plano que bolamos para chegara determinado fim.
Se queremos trocar a lâmpada, precisamso subir numa escada,.
A lâmpada é o fim, a escada, o meio. Se quisermos comprar um bolo,
precisamos de dinheiro. Arranjar dinheiro é a estratégia para chegar ao bolo.
Ou seja, a estratégia é sempre uma coisa menor, porém necessária, para chegarmos
ao fim, que é o que realemnte importa. As estratégias mudam se não há escada, sobe-se numa cadeira ou poltrona, se não há dinheiro, compra-se fiado. Quando li aquele titulo pensei, ih, cacetada!, estão achando que subir na escada é mais importante que trocar a lampada!
TROCARAM TUDO...

Vejam só: não sabemos bem por que nascemo, nem se depois iremos para o céu dos anjinhos
ou apenas para o 'céu de uns vermezinhos', más nesse espaço de tempo podemos ao menos
desfrutar desse sentimento.

Ou seja: se o livro dizia que o amor era uma estratégia, so poderia ser porque havia
alho mais importante a ser atingido. Peguei o livro e entendi tudo. O desenho da capa
mostrava um escritorio, cheio de pessoas felizes. Amar era, segundo o livro, a melhor
estratégia para se dar bem profissionalemnte! A finalidade da vida, garotas, é se dar bem no emprego.

Então é essa: a civilização que se acha a mais evoluida de todos os tempos? Que dominou a natureza que desviou rios, que criou remédios, foi até a lua e, no fim das contas, chegou a conclusão de que a coisa mais importante em nossa breve passagem sobre a terra é agrdar ao chefe, receber uma bonificação
no final do ano e ter uma sala com o nome na porta? Céus estamos perdidos?!
Obvio que o trabalho é uma parte fundamental da vida. Se ainda for no que gostamos, nos fortalecerá ainda mais. Produzir interferir na ordem das coisas nos dá a deliciosa sensção de qu valemos algo de que a vida nao é vazia e sem sentido. Más nao era isso que dizia o livro. Ele falava em estratégias para se dar bem no emprego, para 'subir na vida'. E quando achamos que 'subir na vida' é mais importante do que fazer bem feito e com prazer aquilo de que gostamos, estamos começando a trocar os pés pelas mãos, a inventar tudo.
No momento em que colocamos o amor como meio e o sucesso na firma como fim, é hora de parar as maquinas e desligar o forno e a tevê, descermos todos até a praça central da cidade e dizer: Perai! O que esta acontecendo?! Onde foi que nós erramos?!
...
E tentar começar tudo de novo.